O gabinete de governo e o Parlamento da Itália aprovaram nesta sexta-feira (18) o envio de tropas para a força internacional de paz da ONU estacionada no Líbano, a Unifil. A Unifil tem apenas 2 mil soldados, mas passará a contar com um contingente e 15 mil, conforme determinado pela resolução da ONU que impôs o cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah.
Embora o governo italiano não tenha especificado o número de soldados, funcionários disseram que o contingente poderá ter até 3 mil homens. Além disso, o ministro da Defesa, da Itália, Arturo Parisi, informou num comunicado por escrito que o país poderia assumir a responsabilidade de liderar a operação.
Atualmente a Unifil está sob o comando da França, que esta semana aceitou comandar a operação. No entanto, o governo francês está sendo criticado porque só se ofereceu para dobrar seu atual contingente, de 200 soldados. Nesta sexta-feira o presidente dos EUA, George W. Bush, fez publicamente um pedido à França para que aumente sua contribuição. "Há diferentes sinais vindo da França. Esperamos que eles enviem mais soldados.
Tanto a França como a Itália se queixam de que o mandato da Unifil não está claro e exigem que a ONU esclareça quais serão suas atribuições. "Você tem de dizer para as tropas por que elas estão lá. É claro que é para apoiar o Exército libanês, mas até que ponto? Em quais áreas? Também precisamos saber quais serão os meios materiais e judiciais à nossa disposição", justificou a ministra da Defesa da França, Michele Alliot-Marie. A maior preocupação das autoridades francesas e de outros países é sobre como as tropas devem proceder em relação ao Hezbollah (já que o governo libanês não tomou nenhuma decisão para desarmar o grupo).
Nesta sexta-feira, Israel comunicou à ONU sua objeção a que países com os quais não mantém relações diplomáticas enviem tropas para a força internacional de paz. Malásia e Indonésia, países que ofereceram, cada um, mil soldados, não reconhecem Israel.
