Brasília – A Itaipu Binacional está ajudando os governos do Brasil e do Paraguai a combater a dengue. O coordenador do grupo de trabalho Itaipu Saúde, Joel de Lima, afirmou nesta quarta-feira (21), em entrevista à Rádio Nacional, que a intervenção direta nos dois países beneficia cerca de 1,5 milhão de pessoas.

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"Temos uma situação considerada emergencial neste momento, que é a epidemia de dengue no Paraguai. Então a atuação imediata de Itaipu é no sentido de dar apoio às autoridades do Paraguai no controle da epidemia e discutindo um pouco mais, no plano político, a intensificação de ações que possam evitar epidemias futuras".

Segundo Lima, o Ministério da Saúde do Paraguai não tem uma estrutura fixa para pensar no combate à dengue durante todo o ano, como ocorre no Brasil.

A Usina Hidrelétrica de Itaipu é um empreendimento binacional desenvolvido pelo Brasil e pelo Paraguai no Rio Paraná.

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"Por ser uma empresa binacional, sem predomínio de um país ou de outro, a Itaipu acaba sendo um espaço privilegiado, onde as autoridades brasileiras e paraguaias estando ambos em casa. E, como não têm aquelas dificuldades de protocolos, das relações internacionais, acaba dando celeridade a esse processo", afirmou o coordenador.

Segundo Lima, além de combater o mosquito da dengue, a Itaipu elaborou um programa de conscientização da população, que deve durar cinco anos.

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"Queremos intensificar isso aqui na nossa região para que a população assuma a responsabilidade pela sua saúde. Porque o controle dos focos do mosquito só pode ser conseguido com o auxílio da população. Uma tampinha de garrafa com água limpa e parada já é suficiente para que o mosquito se reproduza. É preciso que a população assuma seu papel de agente responsável pela sua saúde para que possamos ter o controle".

Para conscientizar a população, a Itaipu elabora campanhas de rádio em português, espanhol e em guarani. "Em algumas regiões do país, a população, principalmente rural, fala basicamente o guarani, no Paraguai".

De acordo com o coordenador, as ações de responsabilidade social e ambiental da hidrelétrica binacional envolvem cerca de 29 municípios brasileiros.

"No Paraguai, quando a gente pensa em ação direta, considera dois departamentos, o que equivale a dois estados nossos. Mas quando chamamos o Ministério da Saúde para discutir um plano, acabamos atingindo o país inteiro".