A Itaipu Binacional começa esta semana a montagem dos dois primeiros protótipos de veículos elétricos, encomendados pela Eletrobrás, informou nota da assessoria de imprensa da empresa. Os carros devem ficar prontos até o começo de julho e circularão nas ruas do Rio durante os Jogos pan-americanos.
Cálculos técnicos desenvolvidos pela Itaipu Binacional indicam que a economia do carro elétrico é quatro a cinco vezes maior do que o modelo tradicional movido a gasolina. Com o preço de um litro de gasolina, por exemplo, seria possível fazer o carro mover-se por 40 a 50 quilômetros. O carro consumirá ainda uma energia limpa e renovável.
Segundo informou a assessoria de Itaipu, os veículos utilizarão duas carrocerias do Palio Weekend, da Fiat, que serão adaptados para serem movidos a eletricidade. As carrocerias receberão a bateria especial, motor elétrico, dispositivos eletrônicos, sensores e carregador. Um galpão de Itaipu, antes utilizado como almoxarifado, foi transformado na linha de montagem de protótipos de veículos elétricos, e técnicos da Fiat chegam a Foz do Iguaçu amanhã para treinar e supervisionar a equipe responsável pela montagem dos automóveis.
A previsão é que sejam montados 15 carros, para atender aos pedidos de empresas do setor elétrico do Brasil e do Paraguai. Somente a Itaipu vai adquirir mais seis protótipos. Atualmente, a usina já conta com dois veículos movidos a eletricidade, mas ambos foram doados pela empresa suíça KWO, que é parceira no projeto de montagem e aperfeiçoamento de carros elétricos.
Ainda segundo a nota, os dois primeiros protótipos montados em Itaipu, a exemplo dos que vieram da Europa, terão uma autonomia de 120 quilômetros, velocidade máxima de 130 quilômetros por hora e uma bateria com tempo de recarga de 8 horas. Paralelamente à montagem dos protótipos, serão desenvolvidas linhas de pesquisas que visam aperfeiçoar as tecnologias já existentes para permitir a adequação ao clima tropical e a redução dos custos, assim como a otimização da potência e da autonomia dos veículos elétricos.
A meta do projeto é desenvolver, nos próximos cinco anos, um veículo com autonomia de 450 quilômetros, velocidade máxima de 150 quilômetros por hora e tempo de recarga das baterias de 20 minutos. Para isso, deverão passar pela linha de montagem em Itaipu, nesse período, 50 protótipos.
As pesquisas serão desenvolvidas pelo Parque Tecnológico Itaipu (PTI), representando a Itaipu, e por entidades de pesquisa e desenvolvimento ligadas aos demais parceiros do projeto brasileiras e paraguaias (Eletrobrás, ANDE, Furnas, Copel, CPFL, Cemig e Ampla), além da suíça KWO e da Fiat.