A Hidrelétrica Itaipu Binacional anunciou hoje que vai aderir ao software livre. O diretor-geral brasileiro da estatal, Jorge Samek, explicou que a opção será feita gradualmente por todos os setores da empresa. "Fizemos a opção pelo software livre, pois os programas de código aberto oferecem mais segurança", diz. Samek explica que os programas abertos "são menos vulneráveis a vírus e nos dão uma opção muito maior de fornecedores".
Samek alega que "as grandes corporações estão aderindo ao software livre. É uma tendência mundial e uma orientação do governo federal". De acordo com o diretor da Itaipu, o objetivo é fazer uma economia considerável de recursos. Hoje, Itaipu gasta cerca de 850 mil dólares por ano em licenças de software proprietários.
Ele informou que decidiu ainda que vai estimular a produção de software livre no Parque Tecnológico, o PTI. Várias empresas de empreendedores, incubadas no PTI, já trabalham no desenvolvimento de programas livres.
Uma das primeiras áreas da Itaipu a adotar o software livre será a do meio ambiente. A binacional desenvolveu um programa de geoprocessamento, o Sig@livre Itaipu, que permitirá à empresa fazer o monitoramento ambiental de bacias hidrográficas e elaborar planos de controle ambiental de propriedades rurais que margeiam seu reservatório.
Como todo programa de código aberto, o sistema pode ser facilmente padronizado para diversas aplicações, de acordo com a necessidade do usuário. As instituições que tenham necessidade de avançar em geoprocessamento poderão fazer a padronização em parceria com o Parque Tecnológico Itaipu (PTI). De acordo com o diretor, a Itaipu disponibilizará metodologia, equipe técnica, treinamento e capacitação às instituições interessadas, além daquelas já envolvidas atualmente no projeto.