Nos últimos 15 dias, sessenta e três empresas paranaenses e de outros estados brasileiros procuraram a Companhia de Desenvolvimento de Curitiba (Curitiba S.A.) para buscar informações sobre o programa Curitiba Tecnológica, que dá incentivo fiscal a investimentos em projetos de pesquisa e tecnologia. A procura aumentou depois que o Banco HSBC anunciou – em 10 de fevereiro – a instalação em Curitiba de sua terceira unidade mundial de tecnologia da informação (TI), o GLT Brasil. O banco investirá R$ 12 milhões no GLT, que criará 2 mil empregos em quatro anos.
Antes de decidir pelo investimento, o HSBC analisou projetos de 48 cidades brasileiras. "O interesse de um grupo multinacional como o do HSBC mostrou que Curitiba possui uma importante ferramenta de apoio à modernização das empresas e à criação de empregos e atraiu a atenção de todo o país", diz Juraci Barbosa Sobrinho, presidente da Curitiba S.A., gestora do programa.
Procuraram informações empresários e administradores municipais, entre eles a Prefeitura de Porto Alegre (RS) e empresas de Belo Horizonte (MG) e Salvador (BA). Criado em dezembro de 2001, o programa Curitiba Tecnológica, também conhecido como ISS Tecnológico, permite que empresas prestadoras de serviços deduzam de 20% a 50% do Imposto Sobre Serviços (ISS) para investir em projetos de pesquisa e de desenvolvimento científico e tecnológico. Para participar, as empresas têm que estar em dia com o pagamento do tributo. Os empresários podem usar o incentivo para comprar equipamentos, livros e softwares, contratar serviços de consultoria, capacitar funcionários e pagar despesas com viagens compatíveis com o projeto.
Neste ano, os empresários terão disponíveis R$ 8 milhões, liberados pelo prefeito Beto Richa, no início de fevereiro. Onze mil empresas instaladas em Curitiba estão aptas a participar do programa em 2006. Destas, 85,2% são pequenas empresas que têm um faturamento médio de R$ 300 mil.
