A proposta feita ontem pelo primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, que se disse disposto a participar de uma conferência de paz patrocinada pela Arábia Saudita, foi criticada energicamente hoje tanto pelos líderes de esquerda como de direita de Israel. Ela também foi recebida com ceticismo por funcionários sauditas e palestinos e por diplomatas, que a qualificaram de tática diversionista.

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Olmert conta com um baixo índice de popularidade após os erros na guerra contra o grupo libanês Hezbollah no ano passado e está envolvido em casos de corrupção. Na semana passada, a Liga Árabe apresentou a proposta "terra por paz", na qual todos os países árabes reconheceriam Israel em troca da saída das terras ocupadas na Guerra dos Seis Dias, em 1967, da criação do Estado palestino com sua capital em Jerusalém Oriental e de uma "solução justa" para o caso dos refugiados palestinos. Olmert declarou que o retorno dos refugiados ao que é agora o Estado de Israel está fora de questão, mas disse que queria se reunir com os países árabes para apresentar sua posição e ouvir a deles.

Funcionários sauditas disseram hoje que o reino somente considerará conversações se Israel aceitar a iniciativa de paz árabe sem condições. "Israel precisa entender que a paz requer o fim de suas constantes violações e agressões desumanas contra o povo palestino antes de qualquer coisa, e aceitar as decisões legais das entidades mundiais", disse o governo saudita em um comunicado.

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