O grupo Human Rights Watch acusou nesta sexta-feira (16) tropas de Israel de usarem civis palestinos como escudos humanos em operações militares, prática proibida pela lei humanitária internacional. Num comunicado divulgado em Jerusalém, o grupo disse que Israel violou a lei internacional quando forçou pelo menos três palestinos – dois dos quais crianças – a ajudarem militares a promover buscas em apartamentos durante recente repressão na cidade de Nablus, na Cisjordânia.

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O grupo baseou em parte a acusação em imagens colhidas pela de um jovem palestino sendo forçado por soldados israelenses fortemente armados a entrar na frente deles em buscas de casa em casa em 25 de fevereiro. Outros testemunho foi feito pelo grupo de direitos humanos israelense B’Tselem, que afirmou que soldados de Israel levaram um garoto de 15 anos e uma menina de 11 durante as buscas por militantes e armas, forçando as crianças palestinas a entrarem na frente deles nas casas.

Ontem, o Exército de Israel anunciou que havia lançado uma investigação oficial sobre denúncias de que soldados usaram indevidamente palestinos durante a recente operação em Nablus. "Israel deveria pôr um fim imediato a essa prática totalmente ilegal que abusa deliberadamente da imunidade a qual os civis têm garantida sob a lei internacional", afirmou Joe Saunders, diretor da Human Rights Watch.

"É particularmente condenável que o Exército de Israel tem forçado crianças a atuarem ou como escudos ou como agentes para eles em recentes operações militares", acrescentou. Em 2005, a Suprema Corte de Israel baniu o uso de civis palestinos em operações militares, especificamente em buscas de fugitivos. O Exército, entretanto, tem desafiado a proibição.

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