Israel retoma bombardeios no sul do Líbano

Aviões israelenses voltaram a bombardear os subúrbios ao sul de Beirute, reduto do Hezbollah, segundo informações da tevê Al-Manar, do Hezbollah. O ataque aéreo provocou uma enorme explosão que reverberou por toda a capital do Líbano. Uma enorme fumaça negra se elevou na região, que tem sido repetidamente bombardeada desde que Israel lançou a ofensiva militar no Líbano na quarta-feira passada em resposta à captura de dois soldados israelenses.

Os aviões israelenses também dispararam quatro mísseis contra áreas residenciais na cidade de Baalbek, a leste do Vale do Bekaa, no Líbano, segundo testemunhas. Não há informações de vítimas. Baalbek, que tem sido alvo de ataques nos últimos dias, também é um reduto do Hezbollah.

Saldos do conflito – Nos bombardeios de hoje em Beirute, 48 pessoas morreram e aumentou a destruição de infra-estrutura do país, no pior ataque israelense ao Líbano em duas décadas. Dez dos mortos eram pessoas que atravessavam uma ponte e outros seis eram moradores de um vilarejo no sul do país. Com isso, elevam-se para 210 as mortes nos ataques no Líbano (das quais 196 eram civis). Mais de 500 ficaram feridas.

O Hezbollah prosseguiu hoje com os ataques contra o norte israelense, que já mataram 24 pessoas (12 civis) e feriram mais de cem. Mais de 40 foguetes caíram hoje em cidades e vilarejos perto da fronteira libanesa. Pelo menos cinco pessoas ficaram feridas. Um dos projéteis quase atingiu o hospital de Safed e um outro caiu num prédio de apartamentos em Haifa, a terceira maior cidade israelense. O edifício, de três andares, desmoronou, mas não houve vítimas. Vários foguetes atingiram Haifa e o governo israelense decidiu fechar o porto da cidade, deslocando o transporte de carga e passageiros para o porto de Ashdod, mais ao sul.

Em Beirute, o primeiro-ministro do Líbano, Fuad Siniora, declarou hoje que os bombardeios israelenses causaram "bilhões de dólares" de prejuízos ao país, que ainda se recupera da guerra civil (1975-1990). Um alto oficial militar israelense disse hoje que o país continuará com os bombardeios por mais alguns dias. Seu objetivo é forçar o Hezbollah a libertar dois soldados israelenses capturados na quarta-feira – fato que desencadeou o atual conflito.

A rádio militar de Israel informou que o governo pretende criar uma zona de segurança da extensão de um quilômetro no sul do Líbano, para impedir que militantes do Hezbollah se aproximem da fronteira. Hoje tanques israelenses cruzaram brevemente a fronteira. Segundo o diário israelense Haaretz, o Exército abriu fogo hoje contra um grupo de militantes do Hezbollah que tentavam infiltrar-se no país.

A maior preocupação do governo israelense é com os mísseis de longo alcance em poder do Hezbollah. A existência desse tipo de projétil foi descoberta um dia depois de o líder do Hezbollah, o xeque Hassan Nasrallah, ter prometido usar "armas-surpresa" contra Israel.

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