O primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh, afirmou nesta sexta-feira (24) que facções palestinas estão dispostas a parar de lançar foguetes contra Israel caso o Estado judeu suspenda todas as operações militares em territórios palestinos. Israel rejeitou a oferta e afirmou que só responderá positivamente a uma trégua total. Propostas semelhantes no passado não conseguiram conter a violência, que continuou hoje com a morte de um garoto palestino de 10 anos e de um cinegrafista filmando os confrontos entre milicianos e tropas de Israel na Faixa de Gaza. Um terceiro palestino morreu hoje de ferimentos sofridos em confrontos anteriores.

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Israel lançou uma campanha militar em Gaza cinco meses atrás numa tentativa de conter o disparo de foguetes caseiros por parte de milicianos palestinos contra cidades israelenses. Mais de 350 palestinos já foram mortos na operação. Hoje, o primeiro-ministro Haniyeh, do Hamas, disse que as facções armadas concordaram em suspender os disparos de foguetes em troca da completa suspensão de operações militares israelenses na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. "A bola está agora no campo de Israel", comentou Haniyeh. "Israel tem de parar sua agressão e escalada contra o povo palestino, então não haverá problemas de acordo com o que as facções concordaram no último encontro".

Haniyeh pretende reunir-se com as facções novamente hoje, e as partes tinham a expectativa de acertar uma proposta escrita de trégua. Miri Eisin, porta-voz do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, disse que a proposta palestina de um cessar-fogo parcial contra uma suspensão de todas operações militares do Estado judeu era "ridícula" e um "factóide". "Israel iria responder muito positivamente à idéia de um cessar-fogo completo na Faixa de Gaza, que é o que esperávamos em setembro de 2005 quando saímos de toda a Faixa de Gaza", disse Eisin. "Se as facções palestinas têm uma proposta que supõem-se levaria à completa cessação de disparos da Faixa de Gaza, Israel ficaria muito feliz em parar com todo, todo – e vou dizer novamente – todo o fogo na Faixa de Gaza".

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