Israel nega planos de atacar o Irã

A Chancelaria israelense negou neste domingo (07) uma reportagem do jornal britânico The Sunday Times segundo a qual Israel estaria planejando um ataque nuclear ao Irã. De acordo com o diário, fontes do Exército israelense teriam afirmado que o Estado judeu tem um plano para bombardear as instalações de Natanz, Isfahan e Arak. Um porta-voz do Irã disse que o país responderia contra qualquer ato de agressão. Teerã insiste que seu programa nuclear é pacífico e tem como objetivo a produção de energia.

A reportagem do Times, manchete da edição de hoje, diz que dois esquadrões da força aérea israelense estão sendo treinados para atacar instalações iranianas usando armas nucleares chamadas de "bunker-busters" (destruidores de bunkers). "O ataque seria o primeiro com armas nucleares desde 1945, quando os Estados Unidos jogaram bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki. As armas israelenses teriam, cada uma, uma força equivalente a 1/15 da bomba de Hiroshima", afirma o texto do jornal.

Uma das fontes disse ao Times que, "assim que o sinal verde for dado, será uma missão, um ataque e o projeto nuclear iraniano será destruído". De acordo com as fontes, armas convencionais não seriam suficientes para liquidar as instalações porque "muitas foram construídas a pelo menos 20 metros de profundidade sob concreto e rochas".

O gabinete do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, negou-se a comentar a reportagem. "Não responderemos à matéria do Sunday Times", limitou-se a dizer o porta-voz de Olmert, Miri Eisin.

Entretanto, o porta-voz da Chancelaria, Mark Reguev, negou o conteúdo da matéria e disse que o "foco atual da política israelense é dar total apoio às ações diplomáticas e à implementação completa da resolução 1737 do Conselho de Segurança (da ONU). Se a diplomacia tiver êxito, o problema pode ser resolvido pacificamente".

O presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad, condenou como inválida e ilegal a resolução do Conselho de Segurança que impõe sanções à república islâmica por esta se negar a cessar suas atividades de enriquecimento de urânio.

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