Brasília – Na sexta-feira à noite (11), o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, ordenou uma ofensiva militar terrestre que implicou o destacamento do triplo das tropas até então em combate. O objetivo, segundo a Agência Lusa, era garantir o controle de uma faixa de 30 quilômetros de largura dentro do território libanês próximo à fronteira de Israel.
Alli Majdoub, membro da comunidade libanesa que organizou a recepção do grupo que ontem desembarcou em São Paulo, lamentou a ofensiva do Exército israelense ocorrida no sul do Líbano, com o registro de pelo menos 19 mortos.
?Estão matando civis, crianças, mulheres pessoas que nada tem a ver com esse genocídio?, classificou, ao observar que ?não se trata de uma guerra, pois as forças não são igualitárias, tendo de um lado milícias armadas e do outro uma grande potência militar?.
Com a ofensiva de sábado (12), Israel descumpre a resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) que determina o fim das hostilidades. Isso não surpreende Majdoub: ?Israel nunca respeitará nenhuma resolução da ONU já que tem o aval dos americanos?.
Na sexta-feira (11), Kofi Annan lamentou a incapacidade do Conselho de Segurança em adotar mais cedo uma resolução para acabar com o conflito no Líbano. ?Não cumpriria o meu dever se não dissesse o quanto estou desiludido pelo fato do Conselho de Segurança não ter agido muito, muito mais cedo", afirmou Annan, perante os ministros e embaixadores dos 15 países membros do órgão das Nações Unidas.
Segundo a Agência Lusa, Annan disse ainda que essa incapacidade dos Estados membros em conseguir um entendimento mais rápido "abalou seriamente a confiança do mundo na autoridade e integridade do Conselho".