Iruan deve chegar ao Brasil na quinta-feira

Brasília – O menino gaúcho Iruan Ergui Wu, em Taiwan desde março de 2001, deve chegar ao Brasil nesta quinta-feira para encontrar-se com a avó materna, a brasileira Rosa Leocádia Silva Ergui, a quem a Justiça taiwanesa concedeu a guarda do garoto. De acordo com informações do Ministério das Relações Exteriores brasileiro, Iruan está em um hotel na ilha sob os cuidados do representante comercial do Brasil em Taiwan, ministro Paulo Pereira Pinto, que acompanha seu retorno ao Brasil.

O representante brasileiro afirmou que Iruan só poderá embarcar na quarta-feira de manhã devido a ausência de vôos. Eles vão viajar em avião de carreira e devem seguir de Taiwan para África do Sul, de lá para São Paulo e de São Paulo para Porto Alegre, com chegada prevista para 22h.

O menino foi retirado da casa de seus parentes à força por policiais, por volta das 13h de hoje, horário de Brasília. Ele foi levado ao Tribunal de Justiça e entregue sob a responsabilidade do representante do Itamaraty.

Essa foi a quarta tentativa de receber o menino. O tio de Iruan, que deveria tê-lo levado ao Tribunal na semana passada, conforme determinação da Justiça, descumpriu a decisão judicial todas as vezes. Ele teve a prisão decretada e fugiu deixando o garoto com as tias.

Desde 2001, Iruan está em Taiwan, para onde foi levado pelo pai, o capitão da marinha mercante Teng-Shu Wu, após a morte da mãe do menino, para que ele conhecesse a terra natal da família paterna. Wu morreu uma semana depois e os parentes se recusaram a devolver Iruan para a avó materna, que vive no Rio Grande do Sul.

Hoje a tarde, a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) encontrou-se em Brasília com o ministro Manuel Antônio Gomes Pereira, chefe da Divisão Jurídica do Ministério das Relações Exteriores, a quem pediu apoio psicológico para Iruan e providências do governo brasileiro em apoio às autoridades brasileiras que estão em Taiwan. A deputada é integrante da Comissão Interministerial pela volta de Iruan e tem acompanhado o caso desde 2001. ?Queremos segurança para o menino e o ministro Paulo Pereira Pinto nos países por onde eles passarem e medidas de acolhida respeitosa da criança no Brasil. Pedimos também uma garantia do governo, de apoio psicológico frente às violências sofridas?, afirmou a deputada.

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