Irmão de ministro do STJ é suspeito de possuir conta no exterior

O primeiro indício de que presos da Operação Hurricane (Furacão) teriam contas no exterior apareceu numa agenda azul achada no escritório do advogado Virgílio Medina – irmão do ministro do STJ, Paulo Medina, suspeito de favorecer a máfia do jogo. Na página do dia 22 de maio de 2006, uma anotação indicava a necessidade de ?checar contas do ex?, expressão interpretada pelos investigadores da Polícia Federal como ?checar contas no exterior?. A PF trabalha com a hipótese de a máfia ter desviado até US$ 10 milhões para paraísos fiscais.

?Percebe-se pela análise superficial de documentos encontrados no escritório que Virgílio Medina mantém diversos contatos com pessoas de fora do País?, relatam os policiais que fizeram a diligência. Eles encontraram documentos relativos ao caso da empresa de caça-níqueis Betec, favorecida por uma decisão do desembargador José Eduardo Carreira Alvim, preso na operação. Havia anotações manuscritas dos valores R$ 1,5 milhão, R$ 1 milhão e R$ 800 mil, ?com menções a porcentagens de 20% e 8%?. No verso estão anotados valores menores, entre R$ 1 a R$ 9, e a relação de dez empresas.

?Nunca ouvir falar da investigação de conta no exterior. É uma novidade completa?, disse o advogado de Virgílio, Renato Tonini.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo