São Paulo, 24 (AE) – A Operação Pharma, deflagrada há três meses pelo Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), resultou na prisão de cinco integrantes de um grupo de narcotraficantes com ramificações em São Paulo, Minas, Paraná e Rondônia. O esquema despejava na zona leste de São Paulo 150 quilos de cocaína por semana.
O bando foi preso na madrugada de quinta-feira na balsa que faz a travessia de São Sebastião a Ilha Bela, no litoral norte. Os cinco homens iam em direção a uma casa alugada na Ilha, onde refinariam 4,5 quilos de pasta-base de cocaína. A idéia era multiplicar dez vezes o peso da droga com a adição de substâncias químicas.
Entre os presos está Joabe Pinto Rabelo, de 52 anos, líder do bando e irmão do deputado federal cassado Jabes Rabelo, e Homero Marcos Xavier Dias, de 45. Sua prisão levou o Denarc a confirmar o envolvimento de empresários ligado ao ramo de produtos farmacêuticos no tráfico de drogas.
Dias é dono da Nova Pharma Comércio de Produtos Químicos e Farmacêuticos, com sede em Uberlândia (MG). Ele fornecia para a organização a lidocaína e a cafeína usadas para multiplicar o peso da cocaína.
Monitorando as atividades de Dias os policiais chegaram a Milton Padilha Martins, de 33 anos, o Paulinho. Ele e Joabe dividiam a liderança do bando. Ele era o financiador e articulador das operações do grupo.
Diretamente ligado aos dois está Ronnie Petterson de Moraes Yoshida, de 24 anos, o Japonês, peão e laranja do bando.
Comandando uma das pontas de distribuição da droga estava Maurício Eduardo Said, o Turquinho, de 34 anos. Ele era o responsável pela distribuição dos 150 quilos semanais de cocaína entre diversos médios e pequenos traficantes. Alexandre Schoenfeld, o Champagne, está foragido.
