São Paulo – As autoridades iraquianas querem uma maior participação do Brasil na reconstrução do país, diz o embaixador Bernardo Brito, representante do Brasil para a República do Iraque.
Ele disse que os empresários brasileiros já podem ampliar os negócios com os iraquianos utilizando a fronteira norte do país, onde a situação de estabilidade facilita a entrada de produtos e serviços.
?A situação de segurança na região central do país ainda é difícil, mas nas regiões Norte e Sul as circunstâncias são bem melhores para negociações comerciais, o que facilita a retomada do processo de desenvolvimento?, diz o diplomata.
Atualmente, a embaixada brasileira, onde fica o embaixador, opera na chancelaria em Amã, na Jordânia, em função dos custos e também das questões de segurança na capital iraquiana.
Mesmo com o fato do Brasil ter condenado a ofensiva militar internacional coordenada pelos Estados Unidos que invadiu o país, Bernardo Brito considera normal à participação do Brasil na reestruturação do Iraque. ?Temos um histórico comercial e uma tradição de presença das empresas brasileiras em terras iraquianas?, diz.
O Brasil não participa dos negócios com o governo do Iraque, que foram divididos entre as empresas dos países que fizeram parte das forças militares que participaram da ofensiva. Entretanto, o comércio das empresas privadas iraquianas com empresas brasileiras continua existindo.
