A desaceleração do grupo de produtos não-duráveis, que cedeu de 1,27% em julho para 0,31%, teve a maior influência sobre o IPV. Na avaliação da assessoria econômica da entidade, isto se deve principalmente ao segmento de alimentos, que passa por um processo de saída da entressafra e deve pressionar os preços para baixo daqui para a frente. No mês passado, os produtos alimentícios subiram 0,50%, contra 1,54% em julho.
A queda de 4,14% no preço dos produtos de higiene também puxou para baixo o índice do grupo. Fazem parte deste grupo ainda os itens produtos de limpeza doméstica (-0,88%) e farmacêuticos (1,40%). Semiduráveis foi o único grupo a mostrar deflação em agosto: passou de uma alta de 0,94% em julho para -0 24%. O segmento de vestuário caiu 2,72%, principalmente em razão das liquidações de inverno. Já o item calçados apresentou alta de 3,79%.
A Fecomercio acredita que o IPV terminará 2004 acima de 9%. O cálculo foi feito com base no porcentual acumulado nos últimos 12 meses (9,38 %) e no acumulado do ano (7,03%). “Isso mostra que a inflação no varejo em 2004 deve ficar acima da apurada pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), indicador usado pelo Banco Central no cálculo da meta de inflação e que deve fechar o ano em torno de 7%”, avaliaram os economistas da federação, por meio de nota à imprensa.
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