O recuo no preço do álcool foi um dos principais a contribuir para a deflação de 0,21% registrada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em junho, ante inflação de 0,10% em maio segundo divulgou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa ficou abaixo das estimativas apuradas pelos analistas ouvidos pela Agência Estado, que iam de -0,20% a -0,05% (mediana de -0,15%). O álcool contribuiu com -0,11 ponto porcentual para o resultado, com queda de 8,77% nos preços, representando a maior contribuição para a deflação no mês passado
A segunda maior participação foi dada pela gasolina, com redução de 1,6% nos preços. O grupo de alimentos registrou baixa de -0 61%, ampliando a deflação neste segmento em relação à registrada em maio (-0,03%). Os produtos não alimentícios registraram deflação de 0,10%, apesar dos reajustes ocorridos em vestuário (0,59%) e remédios (0,21%). A última deflação registrada no IPCA tinha ocorrido em junho de 2005, quando a taxa foi de -0,02%
A inflação de 4,03% acumulada no IPCA em 12 meses até junho é a menor taxa apurada em 12 meses pelo IBGE desde julho de 1999 (4 57%). O resultado também é inferior ao acumulado em 12 meses até maio (4,23%) e se distancia ainda mais da meta de inflação definida pelo Banco Central para 2006 (4,5%). No primeiro semestre, o IPCA acumulou elevação de 1,54%
O INPC, que mede a inflação para a camada de renda mais baixa da população, registrou deflação de 0,07% em junho e acumula alta de 1,06% no primeiro semestre e de 2,79% em 12 meses