A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Especial (IPCA-E) fechou 2004 com alta acumulada de 7,54%, resultado que chega a ser 2,32 pontos percentuais inferior à alta relativa ao IPCA-E de 2003, que foi de 9,86%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a principal pressão de alta sobre a inflação especial de 2004 foi exercida pelo item gasolina, que respondeu sozinho por um impacto de 0,51 ponto percentual sobre a taxa.
O IPCA-E é composto pelas variações acumuladas trimestralmente pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que fechou o mês de dezembro com alta de 0,84%. No último trimestre de 2004, o IPCA-E fechou com alta acumulada de 1,80%.
Ao longo do ano, o litro da gasolina para o consumidor final chegou a subir 12,09%, depois de ter se mantido praticamente estável ao longo de todo o ano passado – alta de apenas 0,63%. Já o álcool, que havia fechado 2003 em queda de 14,23%, chegou a subir em 2004 30,84%. Juntos a contribuição dos dois itens chegou a 0,80 ponto percentual.
Também exerceram pressões de alta, telefone fixo (14,73%), automóveis usados (13,79%), automóveis novos (11,36%), colégios (11,22%), planos de saúde (10,52%), remédios (7,38%), e energia elétrica (9,66%). Somados aos combustíveis, estes itens responderam por 3,32 pontos percentuais de contribuição – quase a metade do resultado acumulado no ano. Outros produtos, como alimentos (3,64% de variação e 0,85 ponto percentual de contribuição), apresentaram variação inferior a de 2003: 8,57%.
Regionalmente, a maior elevação do IPCA-E ficou com Curitiba (9,72%), enquanto Salvador (5,68%) ficou com o menor resultado. Em São Paulo a taxa subiu 7,26% e no Rio de Janeiro (6,77%) – ambos com resultados abaixo da média nacional de 7,54%.