A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor 15 (IPCA-15) caiu para 0,16% em setembro, ante 0 28% em agosto. A taxa divulgada, nesta quinta-feira, pelo IBGE não captou o reajuste da gasolina nas refinarias em 10 de setembro, já que a coleta de preços terminou dois dias após a decisão da Petrobrás, quando os aumentos não tinham chegado ainda ao consumidor nos postos.

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O IPCA-15 é uma espécie de prévia do IPCA, referência para as metas de inflação do Banco Central. Os dois índices são calculados de acordo com a mesma metodologia, diferindo-se apenas no período de coleta. No caso do IPCA-15 de setembro, a pesquisa de preços foi realizada entre 12 de agosto e 12 de setembro. Para o IPCA do mês, a coleta ocorrerá nos 30 dias deste mês.

Para o economista Carlos Thadeu de Freitas, do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), os dados do IPCA-15 mostram que "a inflação não assusta mais, está cem por cento sob controle". Ele estima que o IPCA fechado de setembro deverá ficar em 0,32%, quase o dobro dos 0,17% em agosto, exatamente por captar a alta da gasolina que ficou de fora do índice 15. "Mas esse aumento será pontual, a inflação não gera mais surpresa", avalia.

Os técnicos do IBGE não comentam os dados do IPCA-15. Segundo o documento de divulgação dos dados, a queda da taxa de um mês para o outro ocorreu especialmente por causa da desaceleração dos reajustes do telefone fixo (3,39% em agosto para 0,13% em setembro) e dos combustíveis (a gasolina passou de 1,14% em agosto para -0,19% em setembro, e o álcool de 4,22% para -0,66%).

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Os alimentos passaram de uma variação de -0,67% em agosto para -0,60% em setembro e os artigos de vestuário ampliaram a queda de -0,06% para -0,10%.

Entre as pressões de alta destacaram-se os salários dos empregados domésticos (1,82%), planos de saúde (0,96%), automóveis usados (1,13%), condomínio (1,20%) e passagens aéreas (6,85%). No ano, o IPCA-15 acumulou até setembro alta de 4,08% e em 12 meses, de 5,95%.

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