A inflação medida pelo IPCA-15 ficou em 0 17% em abril, ante 0,37% em março, segundo divulgou o IBGE. A variação ficou abaixo das estimativas dos analistas ouvidos pela Agência Estado (0,24% a 0,40%) e bem abaixo da mediana das estimativas (0,31%).
Segundo o documento de divulgação do IBGE, "um conjunto de itens com importante participação na despesa do consumidor levou à redução do índice de um mês para o outro". Um dos destaques foi a gasolina, que após a alta de 2,17% observada no IPCA-15 de março, desacelerou para 0,65% em abril. O álcool combustível, por sua vez, manteve a trajetória de preços elevados, com aumento de 6,73% (ainda que tenha desacelerado ante os 7,69% de março), e apresentou a maior contribuição individual para o índice de abril, com 0,09 ponto percentual.
Nos alimentos, a queda de um mês para o outro foi mais acentuada, de -0,08%, em março, para -0,49%, em abril. O frango, com a gripe aviária, caiu 11,43% e houve quedas de preços também em itens importantes como frutas (-8,54%), feijão preto (-3,32%) arroz (-2,23%), ovos (-1,85%) e carnes (-1,15%). Segundo o IBGE na redução da taxa do IPCA-15 de março para abril destacaram-se ainda, a ausência de reajuste em tarifas de ônibus urbanos (0 00%), a queda nas passagens aéreas (-3,66%) e nos aparelhos de TV, som e informática (-1,29%).
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 1,58% até abril e em 12 meses, de 4,89%. Os técnicos do IBGE não concedem entrevista para análise desse indicador.
