A alta mais forte do IPC-S divulgada hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) não indica aceleração dos índices de preços ao consumidor a curto prazo, conforme avaliação do coordenador de índices de preços ao consumidor da FGV, André Braz.

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Tanto que o núcleo do índice divulgado hoje ficou em 0,19% enquanto o IPCS cheio registrou oscilação de 0,35%. "Não há nada sinalizando pressão sobre os preços ao consumidor", comentou Braz. Ele confia que a inflação prevista para este ano ficará abaixo da meta fixada pelo Banco Central. O IPC-S da FGV capta o movimento dos preços em sete capitais (São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Recife e Brasília) e é divulgado semanalmente.

O técnico da FGV observou que os maiores aumentos do período de quatro semanas encerrado ontem foi basicamente no grupo de alimentos (especialmente carnes bovinos, aves e ovos) e devido a reajustes de serviços de água e esgoto.

Pelo acompanhamento da FGV, o grupo alimentação subiu 1,01% nas últimas quatro semanas. Até a semana passada, a alta estava em 0 70%. As carnes bovinas subiram 3,88% nas últimas quatro semanas (estava em 2,38%), enquanto as aves e ovos saíram de queda de 0 04% (na semana passada) para alta de 0,99% no período.

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Já as hortaliças e legumes, que registraram deflação de 5,58% na semana anterior, continuam em queda, mas com índice menor, com redução de 3,21% no período encerrado ontem. Braz considera que esses movimentos são sazonais, devido a períodos de entressafra. "São oscilações comuns em produtos agrícolas", comentou.

No grupo de vestuário, a FGV detectou dois movimentos opostos. De um lado, puxando os preços para baixo, estão as promoções nas lojas. Em sentido contrário, há a renovação da nova coleção para as estações primavera/verão, com pressão de alta. "Um movimento está compensando o outro", segundo Braz, fazendo com que o grupo continue com deflação (0,09% nas últimas quatro semanas), enquanto na semana passada estava em 1,1% de queda.

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Dos outros cinco grupos integrantes do IPCS, as oscilações também foram pequenas, mantendo-se praticamente estáveis em relação ao período anterior. No grupo de saúde e cuidados pessoais, a oscilação passou de 0,09% (semana passada) para 0 17% no período encerrado ontem.

No grupo de educação/recreação/leitura, a variação ficou em 0 10% na semana passada e praticamente estável nas quatro semanas encerradas ontem (0,01% de variação).

No segmento de transportes, a oscilação da média quadrissemanal passou de 0,07% para 0,12% no período encerrado ontem, enquanto a variação do grupo "diversos" ficou praticamente estável, com queda de 0,10% no índice anterior para queda de 0,11% no índice divulgado hoje.