IPC-S confirma que a inflação no varejo está controlada

Rio – Com os preços dos combustíveis subindo menos a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) perdeu o fôlego e subiu 0,23% na segunda semana de abril abaixo da taxa registrada na semana anterior (0,30%) e das expectativas do mercado financeiro. Para a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que divulgou hoje (17) o indicador, o cenário confirma o freio da inflação no varejo.

O economista da FGV André Braz não descartou novas desacelerações do indicador. Isso porque os fatores que levaram à taxa menor do IPC-S continuarão a influenciar o índice ao longo de abril. É o caso das elevações menos intensas nos preços de álcool combustível (de 11,83% para 5,29%) e gasolina (de 2 04% para 0,87%). "O preço do álcool começou a desacelerar e deve continuar assim pelas próximas duas semanas", opinou o economista. Ele admitiu que há sinais de alta no preço do álcool no atacado, mas que isso não deve afetar de imediato o preço do produto no varejo. Há semanas o preço do produto tem oscilado, devido à problemas de desequilíbrio de oferta e demanda no mercado interno. "Essa novela do álcool está longe de acabar", disse.

Outro fator que puxou para baixo o resultado do indicador foi a menor influência de tarifas na inflação, cujos preços estão desacelerando. É o caso da elevação menos intensa no preço da taxa de água e esgoto residencial (de 1,43% para 0,89%), que tem grande peso na formação do IPC-S.

O bom comportamento nos preços dos combustíveis e tarifas equilibrou o impacto, na inflação do varejo, da mudança de cenário nos preços dos alimentos. No grupo Alimentação, o processo de deflação está perdendo força (de -0,21% para -0,10%) "Mas isso é causado por fatores passageiros como as acelerações de preços em hortaliças e legumes (de 1,67% para 3,45%) e pescados frescos (de 0,41% para 0,69%)", disse o economista. "De uma maneira geral, o cenário nos preços dos alimentos continua bom; dos 21 itens alimentícios pesquisados pela FGV, 13 ainda estão com taxa negativa", acrescentou.

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