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  Arquivo / O Estado

Segundo a FGV, a disparada nos
preços dos alimentos levou ao
aumento da inflação.

Rio – A disparada nos preços dos alimentos (de alta de 0,75% para 1 42%) levou ao aumento da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S). O indicador subiu 0,69% na primeira quadrissemana de janeiro, ante 0,46% na semana anterior. O resultado surpreendeu o mercado financeiro, que esperava uma taxa entre 0,35% e 0,57%. Para a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a inflação maior já era esperada, visto que janeiro é tempo de preços altos no varejo.

Segundo o economista da FGV, André Braz, no IPC-S anunciado hoje (9) houve uma combinação de elevações de preços em alimentos in natura e alimentos processados. Entre os destaques de aumentos de preços, estão as altas registradas em frutas (4,40%); hortaliças e legumes (7,18%); adoçantes (3,75%); e arroz e feijão (3,83%). "Esses quatro produtos responderam por 83% da taxa do IPC-S de até 7 de janeiro", afirmou. Na avaliação do técnico, a alta não é preocupante. "São aumentos causados por efeitos pontuais", afirmou, comentando que o cenário não deve constituir tendência sustentável de inflação alta no longo prazo.

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Mas ele admitiu que o IPC-S deve continuar acelerando em janeiro. Isso porque o primeiro mês do ano conta com impactos expressivos, na inflação do varejo, dos pagamentos de parcelas de IPTU e IPVA, além de reajustes em mensalidades escolares. "O item cursos formais já está aumentando e subiu 0,64% (no indicador de até 7 de janeiro)", afirmou o economista.

Álcool 

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A recente alta no preço do álcool está elevando o preço da gasolina no varejo. Na passagem do IPC-S de até 31 de dezembro para o indicador de até 7 de janeiro, o álcool combustível passou de alta de 3,21% para aumento de 5,58%. No mesmo período, a gasolina passou de elevação de 0,28% para taxa positiva de 0,64%. A gasolina leva 25% de álcool em sua composição.

"O preço do álcool alto contaminou o preço da gasolina", disse Braz. Ele lembrou que, durante muito tempo, a gasolina estava com preços baixos e até negativos na inflação do varejo. Como não houve reajustes recentes no preço pela Petrobras, o que está puxando para cima o preço da gasolina é a elevação nos preços do álcool, de acordo com Braz.