Rio – A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) subiu 0,66% no período encerrado em 7 de dezembro, ante 0,57% na semana anterior. Pressionado por elevação nos preços dos alimentos (1,65%), principalmente hortaliças e legumes (16,13%), a aceleração no indicador surpreendeu o mercado financeiro, que esperava uma taxa entre 0 46% a 0,62%. Porém, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), essa elevação não deve se sustentar nas futuras apurações do índice.
Para o economista da FGV, André Braz, a próxima taxa do indicador pode ser menor do que a anunciada hoje (8). Isso porque, no IPC-S de até 7 de dezembro, foi registrada uma "perda de fôlego" na aceleração de preço da batata inglesa (de 49,68% para 36,20%). "A batata é que tem comandado a elevação mais intensa nos alimentos in natura", lembrou Braz. Ele considerou que, se o aumento de preço desse produto continuar a perder força, isso poderia ajudar a puxar para baixo o IPC-S.
Além disso, Braz comentou que é esperado um recuo na elevação do preço de tarifa elétrica residencial (3,10%), na próxima apuração. "O aumento na tarifa de energia já atingiu seu auge, nessa última apuração", disse.
Natal
Os preços de produtos voltados para a ceia de Natal ficaram mais caros, nos últimos 30 dias até o dia 7 de dezembro. Segundo Braz, se o IPC-S fosse composto por uma espécie de cesta de produtos natalinos, de apenas 11 produtos, o indicador teria subido 1,49% até 7 de dezembro, ante aumento de 0,35% no IPC-S apurado até o dia 7 de novembro. Entre os produtos analisados, quatro comandaram a elevação mais intensa nos preços da cesta de consumo para o Natal. É o caso de frutas (de variação zero para 3,31%); bolo, incluindo panetone (de -1,96% para +0,21%); chester (de 2,98% para 4,59%); e cerveja (de -0,57% para +0 32%).