Brasília – Em 2006, os investimentos em habitação atingiram R$ 14,1 bilhões. O valor é 53% maior do que o investimento do ano anterior e permitiu que 600 mil famílias com renda abaixo de cinco salários mínimos (75% dos beneficiados) fizessem contratos de financiamento de suas casas. Os investimentos incluem imóveis novos, usados, materiais de construção e ainda urbanização de favelas e implantação de infra-estrutura.
Apenas na Caixa Econômica Federal, o total em contratações de crédito foi de R$ 13,8 bilhões – um aumento de 170% em relação a 2003, quando esse número chegou a R$ 5,1 bilhões. Entre as pessoas beneficiadas, 73% ganham até cinco salários mínimos. Em 2003, esse número era de 61%. ?O setor está aquecido, a demanda existe, e nós estamos prontos para continuar operando?, disse a presidente da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho.
Para este ano, o governo já tem no Orçamento R$ 12 bilhões para investir em habitação, sendo que R$ 4 bilhões são recursos da Caixa e do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e R$ 4,7 bilhões, do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), entre outras fontes.
?O principal dado de 2007 é que já começamos o ano com o orçamento aprovado. Temos R$ 12 bilhões já aprovados para investimento. Se o empresário quiser procurar qualquer agência da Caixa para fazer investimento no Programa de Arrendamento Residencial (PAR), por exemplo, já temos R$ 650 milhões aprovados. Essa é a grande diferença este ano?, disse Maria Fernanda.
O PAR visa à construção e arrendamento de residências e é direcionado a pessoas de baixa renda (até seis salários mínimos). Há a opção de compra do imóvel no final do período contratado.
A expectativa é que, com o anúncio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que será divulgado na próxima semana pelo presidente Lula, o volume de investimentos em habitação e infra-estrutura seja ainda maior.
?Estamos numa corrida. O déficit [habitacional] também está correndo. Ele não pára, e a população cresce. Temos de ultrapassar a velocidade de crescimento do déficit para ganharmos essa corrida. Os investimentos têm de ser pesados, para que a gente possa vencer essa necessidade de atender à questão habitacional para a população?, disse o ministro das Cidades, Márcio Fortes.