Os blecautes repetidos no Rio de Janeiro e Espírito Santo, que deixaram alarmada a população de ambos os estados, e das demais regiões, levaram a direção do grupo Eletrobrás a divulgar o plano de investir R$ 4,6 bilhões em 2005, nas áreas de geração (R$ 1,8 bilhão), transmissão (R$ 1,8 bilhão) e distribuição (R$ 130 milhões), bem como em projetos de pesquisa, preservação ambiental e universalização do serviço de energia.
O anúncio foi feito em teleconferência para analistas do sistema elétrico brasileiro.
Observadores qualificados associaram as interrupções no fornecimento de energia ocorridas na semana passada ao leilão de energia realizado em dezembro, com a participação das controladoras da Eletrobrás, e a penalização de parte do setor elétrico devido aos preços obtidos para o MW. O mercado detectou que as empresas não seriam remuneradas de maneira adequada e acusariam o fato em seus próximos balanços e, ainda, que os preços formados em dezembro seriam um sinal para o futuro.
Essa apreensão foi descartada por Silas Rondeau, presidente do grupo Eletrobrás, para quem os preços formados em dezembro nada têm a ver com os negociados em leilão de energia nova.
Quanto à ocorrência de novos apagões, Rondeau garantiu que não há motivos para alarde e que as quatro alternativas de transmissão do sistema são suficientes para superar eventuais falhas técnicas e de operação, como as que aconteceram. "Não há nenhum motivo para pânico", concluiu.
