O Paraná terá o maior investimento da sua história na área de saúde em 2004: dos cerca de R$ 12,8 bilhões do orçamento global previstos pelo governo do Estado, 12% da receita líquida será destinado aos programas de saúde e saneamento. A estimativa é de que os recursos para a saúde podem ser ampliados de R$ 581 milhões (2003) para R$ 758 milhões no ano que vem.
Esta foi uma das decisões tomadas pelo governador Roberto Requião (PMDB) em reunião no Palácio Iguaçu sobre o orçamento para 2004 com os secretários de Planejamento e Orçamento, Eleonora Bonato Fruet; da Agricultura, Orlando Pessuti (PMDB), e da Saúde, Claudio Xavier. Segundo o governador, além da saúde, a intenção é ampliar os investimentos em transportes, cultura e educação.
O setor de transporte, que está recebendo este ano R$ 317 milhões, poderá ter sua cota no orçamento de 2004 ampliada para R$ 396 milhões. A área da cultura deve ter sua parcela aumentada de R$ 32 milhões para R$ 50 milhões. Os números ainda podem passar por modificações para privilegiar ainda mais as obras rodoviárias. “São projeções ainda em discussão e que dependem de uma avaliação final do governador”, explica a secretária Eleonora Fruet.
A fundo perdido
Segundo o secretário da Saúde, esta é a primeira vez que o Estado vai investir em custeio de saúde a fundo perdido, em ações para melhorar a infra-estrutura dos serviços de saúde em todo o Estado. “Os investimentos serão aplicados na expansão dos serviços de saúde, que passará a oferecer exames complementares e consultas especializadas”, explicou Xavier.
Os recursos destinados à saúde serão usados também na recuperação e na construção de novos hospitais – uma das obras previstas é a do Hospital de Queimados de Londrina – , e na prevenção de problemas de saúde. A mulher paranaense terá um programa de saúde específico, e serão elaborados outros para o controle da pressão arterial e para a erradicação da hanseníase no Estado.
Outra preocupação do governador Roberto Requião é com relação às despesas de custeio da máquina do Estado. Ele propôs uma redução das despesas com contratos destinados à iniciativa privada.