De janeiro de 2005 a março deste ano, 96 empresas de grande porte anunciaram investimentos que, somados, chegam a R$ 6 bilhões em Curitiba. O número consta do Boletim de Informações Socioeconômicas 2006, publicação da Companhia de Desenvolvimento de Curitiba (Curitiba S.A). Nesse período, 52 empresas anunciaram construção ou ampliação de fábricas. Outras 42 estão investindo em tecnologia, receberam aporte de capital ou programaram transferência de sede (veja quadro abaixo). "Como muitas instituições não divulgam valores, por considerar essa informação estratégia, o total de investimentos pode ser ainda maior", afirma o presidente da Curitiba S.A,, Juraci Barbosa Sobrinho.

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Para Juraci, a infra-estrutura de Curitiba é forte atrativo para empresas, principalmente para aquelas que atuam nas áreas de tecnologia da informação (TI) e telecomunicações. "Curitiba tem grandes e especializadas empresas, que oferecem serviços de alta tecnologia em armazenamento, transmissão e recepção de dados, que permitem, ao mesmo tempo, a conexão mundial e da comunidade", diz ele.

Entre as facilidades oferecidas por Curitiba estão backbones (supervias digitais), satélites, estações rádiobases (ERBs), ADSL (internet com sistema de banda larga), e WIFI (internet sem-fio), além toda a infra-estrutura logística, como rodovias, aeroportos e a proximidade com os portos de Paranaguá e Antonina. A localização estratégica e a mão-de-obra qualificada também tornam a cidade atrativa para novos investimentos.

Entre os maiores investimentos anunciados nos 14 meses está o da Furukawa, fornecedora de infra-estrutura de redes de comunicação, que inaugurou neste mês de março um laboratório para disseminar redes FTTH (fiber to the home) que permite acessar uma série de serviços banda larga, como internet, telefonia e televisão.

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O banco HSBC também anunciou, em fevereiro, a instalação em Curitiba de seu terceiro centro de tecnologia global (GLT) que irá produzir softwares utilizados pelo grupo nos 77 países onde está instalado. Com um investimento inicial de R$ 12 milhões, o GLT irá gerar 2.000 empregos em quatro anos. O início das atividades do novo centro deve acontecer ainda neste semestre.

A Sadia, produtora e distribuidora de alimentos; a Exxon Móbil, maior companhia petrolífera de capital aberto do mundo; e a Accenture e a Damovo, empresas que atuam no setor de tecnologia, escolheram Curitiba para sediar seus centros globais de prestação de serviços, de onde são feitos todos os processos administrativos da empresa. É de Curitiba, por exemplo, que são definidas as vendas de combustível Esso para postos de toda a América Latina.

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