A quebra dos sigilos bancários e fiscais das 34 pessoas físicas e 13 empresas acusadas de envolvimento no suposto esquema de venda de sentenças judiciais em São Paulo – investigado na Operação Têmis – abriu o leque das investigações. O levantamento das relações societárias, operações imobiliárias e movimentações financeiras dos envolvidos identificou outros 81 nomes de empresas e pessoas ligadas direta ou indiretamente ao núcleo central de investigados.
Os dados constam de um relatório do Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf) remetido ao Ministério Público e à Polícia Federal na quarta-feira. O relatório também aponta que parte desse grupo total registrou movimentações financeiras suspeitas entre dezembro de 2000 e abril de 2007. São 36 pessoas e empresas responsáveis por girar R$ 33,785 milhões.
Agora, os investigadores planejam examinar detalhadamente os saques e depósitos em espécie, checando beneficiários, sacadores e sacados. O relatório é o primeiro produto da quebra dos sigilos bancários e fiscais autorizados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A PF e a procuradoria ainda aguardam a remessa de documentos bancários. A quebra dos sigilos cobre de 2002 a 2007. Também estão sendo examinados os dados de cinco relatórios de movimentações suspeitas remetidos pelo Coaf à PF nos últimos anos.