Investigações sobre quebradeira na Câmara estão a cargo da Justiça

A partir desta quinta-feira, as investigações sobre os atos de vandalismo promovidos por militantes do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) na última terça-feira (6) passam a ser responsabilidade da Justiça Federal e do Ministério Público. O inquérito já foi enviado à Justiça pela Polícia Federal e pela Polícia Legislativa da Câmara.

O presidente da Casa, Aldo Rebelo, descartou qualquer possibilidade de disputa política em torno das investigações. Segundo ele, sua missão terminou quando deu voz de prisão aos invasores.

Aldo ressaltou que vai respeitar as decisões da Justiça. E destacou o trabalho em cooperação do Ministério Público, da Polícia Federal e da polícia da Câmara. "A polícia da Câmara tem eficácia, capacidade para cumprir o seu papel e tem cumprido. Pode colaborar, e não há disputa entre as instituições. Cada uma delas tem a sua finalidade e o Ministério Público aparece como mediador, sem criar qualquer tipo de problema."

Elogios

O procurador federal José Robalinho Cavalcante elogiou a atitude da Polícia Legislativa por ter repassado à Polícia Federal toda a documentação sobre a invasão da Câmara por integrantes do MLST. Ele classificou a colaboração da Polícia da Câmara como um "ato de grandeza". Ele deu entrevista coletiva nesta tarde, para tirar dúvidas a respeito dos procedimentos relativos à prisão dos manifestantes.

Segundo Robalinho, existe a possibilidade de que 42 dos 570 manifestantes detidos continuem presos em flagrante, porque a Polícia Federal encontrou elementos que podem constituir culpa preliminar dessas pessoas.

O procurador informou que o Ministério Público estava preocupado com a possibilidade de ter havido alguma irregularidade no processo de apuração do que chamou de "crime de multidão", porque a Polícia Legislativa não tem a atribuição de polícia judiciária, como a Polícia Federal, por exemplo.

Prisão ordeira

O procurador Robalinho também elogiou a atitude do presidente Aldo Rebelo pela conduta correta adotada em todo o processo, e pela "prisão ordeira" dos manifestantes, de acordo com o que foi permitido pelas circunstâncias.

Também destacou a atitude do diretor-geral da Câmara, Sérgio Sampaio, pela condução do processo.

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