Rio – Trinta e cinco funcionários e servidores da Polícia Federal já foram ouvidos na investigação sobre o roubo dos R$ 2 milhões da superintendência da PF no Rio de Janeiro, no último fim de semana. Segundo o corregedor-regional no estado, Victor Hugo Poubel, outras 15 pessoas devem prestar depoimento amanhã (22).

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Segundo ele, os nomes dos 59 agentes e delegados federais afastados por conta do inquérito já foram entregues ao procurador Gino Liccione, a fim de que o Ministério Público Federal realize um procedimento administrativo para também apurar o roubo.

Poubel disse ainda que a Polícia Federal está analisando as fitas de vídeo das câmeras do prédio da superintendência, para verificar se algum suspeito entrou no local. O corregedor confirmou que há fortes indícios de que policiais roubaram o dinheiro do cofre da Delegacia Federal de Repressão a Entorpecentes do Rio.

"Isso é prioridade para a Polícia Federal. A gente espera, em um curto espaço de tempo, dar uma resposta para a sociedade. A investigação está avançando, e uma coisa é certa: quem praticou essa subtração tinha conhecimento das dependências da Delegacia de Entorpecentes", disse Poubel.

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Segundo o corregedor da Polícia Federal no Rio, já está descartada a hipótese levantada anteriormente, de que os R$ 2 milhões estariam ainda dentro do prédio da Superintendência da Polícia Federal.

O dinheiro, em cédulas de euro, dólar e real, haviam sido apreendidos na última semana, durante a Operação Caravelas, que desarticulou uma quadrilha de tráfico internacional de drogas. Dez pessoas foram presas acusadas de tentarem enviar um carregamento de 1,6 tonelada de cocaína, embaladas em carne bovina, para Portugal.

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Entre os presos, estão os portugueses Antonio Damaso, apontado como o chefe da quadrilha, e Sandra Tolpiakow, uma das sócias das redes de restaurantes Satyricon e de pizzarias Capricciosa.