Investigação sobre campanha de 1998 depende de declarações do tesoureiro

O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), afirmou que o aprofundamento das investigações sobre a participação do empresário Marcos Valério de Souza na campanha do então candidato à reeleição no governo de Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB), dependerá do depoimento do tesoureiro de Azeredo na época, Cláudio Roberto Mourão da Silveira.

"Queremos terminar os trabalhos em novembro. Não podemos dispersar as investigações. O que disser respeito ao Marcos Valério, vamos pegar pesado, mas não estamos aqui para investigar eleições", disse Serraglio, nesta terça-feira. "Mourão vai ser ouvido por uma subcomissão da CPMI e, dependendo do que ele fale, é que vamos aprofundar ou não". O depoimento ainda não tem data marcada.

Sobre o nome de Azeredo, que é presidente nacional do PSDB, não ter sido incluído na lista dos 18 parlamentares, citados no relatório parcial, Serraglio diz ter feito "um corte", para pegar os que atuaram efetivamente durante o mandato parlamentar e podem ter seus mandatos cassados. "Eu não estava protegendo o Azeredo. Fiz um ponto de corte. O que eventualmente a CPI vier a ter sobre a participação do senador Eduardo Azeredo no esquema de Marcos Valério, poderá ser citado em um outro relatório parcial".

Segundo o relator, foi o próprio Valério quem informou que teria atuado na campanha de Azeredo. "Não se pode perder o foco num momento em que a CPI está sendo criticada principalmente por conta disso".

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