Inundações continuam a castigar a Bolívia

Pelo menos 5 mil pessoas foram evacuadas durante o final de semana na Bolívia devido às inundações que já afetaram mais de 77 mil famílias, ao mesmo tempo em que começam a surgir doenças como a dengue e a leptospirose. O Ministério da Saúde informou hoje que, até a última sexta-feira, os casos confirmados e suspeitos de dengue já somaram 1.950; os de leptospirose (febre que pode ser mortal), 332; os de hantavírus, 3, com dois mortos; e os de febre amarela, 4, com três mortos.

O ministro da Defesa, Walker San Miguel, disse hoje que os desabrigados dos últimos dias foram levados a Santa Ana de Yacuma, cidade do departamento (Estado) de Beni, no oeste boliviano. A localidade foi escolhida porque conta com um muro perimetral com dois metros de altura, o que a transforma em um local mais seguro. Os novos desabrigados se somam a outras 32.725 pessoas que foram transferidas para áreas mais seguras de Beni, muitas das quais viviam da atividade agrícola.

Organizações de produtores estimam em US$ 250 milhões as perdas em Beni e Santa Cruz apenas no setor agropecuário. O governo já estimou em cerca de quatro meses o tempo necessário para que toda a água seja drenada. Cerca de 65% do território boliviano foram afetados pelas inundações, levando o governo a decretar "estado de desastre nacional" na semana passada.

Por sua vez, o Serviço Nacional de Meteorologia e Hidrologia indicou que o fenômeno El Niño deixará, em breve, de ter maior efeito sobre a Bolívia, já que foi detectada uma diminuição do nível da água em vários locais do oeste boliviano, a região mais castigada do país. O governo boliviano vem recebendo ajuda de vários países estrangeiros para lidar com a catástrofe, entre eles, Brasil, Venezuela, Estados Unidos e México.

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