O presidente do Internacional, Fernando Carvalho, orientou o departamento jurídico do clube a buscar ressarcimento pelo prejuízo de R$ 167 mil decorrentes dos atos de vandalismo da torcida do Grêmio no Estádio Beira-Rio, domingo, no empate sem gols do clássico disputado entre as duas equipes. Não foi esclarecido ainda se os vândalos pertencem a alguma torcida organizada oficial ou à Geral, uma aglomeração que não tem comando formal e é acusada de provocar adversários pela internet e por refrões racistas nos estádios.
O Grêmio decidiu suspender relações com todas as suas torcidas organizadas até que sejam identificados e punidos os culpados pelos incidentes que deixaram o clube sob risco de perder o mando de campo por até dez jogos do Campeonato Brasileiro. Mesmo que o tumulto tenha ocorrido no estádio do adversário, somente a torcida tricolor participou dele, o que levará o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) a julgar o Grêmio e não o Internacional.
A violência dos gremistas forçou o juiz Wilson Luiz Seneme a parar o jogo por duas vezes. Dois banheiros químicos foram queimados e outros 12 destruídos, a Brigada Militar (a Polícia Militar gaúcha) e os bombeiros foram apedrejados. Outras 13 pessoas ficaram feridas. A 20ª Delegacia de Polícia instaurou inquérito ontem e já lida com a possibilidade de apontar responsáveis por pelo menos três crimes – danos ao patrimônio, lesões corporais leves e provocação de incêndio. Há, ainda, a perspectiva de uma quarta acusação, a de formação de quadrilha. Dez pessoas foram detidas pela Brigada Militar.
