A Embrapa Soja, unidade de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, promove nesta quarta-feira, dia 25, no auditório da empresa, em Londrina (PR), um curso de capacitação sobre integração lavoura e pecuária no arenito paranaense. O evento é dirigido a cerca de 100 técnicos de cooperativas e extensão rural e administradores rurais.
A região do Arenito Caiuá, no Paraná, ocupa aproximadamente 3 milhões de hectares e corresponde a 15% da área do estado. Este solo de textura arenosa tem baixa retenção de água e é pobre em matéria orgânica. Estas características associadas ao uso de técnicas de manejo incorretas conduziram a degradação desses solos.
De acordo com o pesquisador Paulo Galerani, da Embrapa Soja, com a adoção de sistemas de integração lavoura e pecuária na região, pretende-se melhorar as práticas de manejo do solo com enfoque na conservação e na ampliação do nível de matéria orgânica, principal responsável por estruturação do solo, por promover maior retenção água e por diminuir a erosão. ?A integração lavoura e pecuária pressupõe a produção de carne, grãos, leite com a aplicação de tecnologias de preservação ambiental como consórcio, rotação, sucessão de culturas e semeadura direta?, explica.
Apesar dos pesquisadores terem observado que a utilização da integração lavoura e pecuária melhora a produtividade das pastagens e das culturas comerciais, a intensificação do uso agrícola tende a diminuir os teores de matéria orgânica e de nutrientes. ?Por isso, são necessários estudos detalhados para aperfeiçoamento na implementação do sistema com o intuito de preservar os teores de matéria orgânica?, explica Galerani. ?A programação do curso de capacitação pretende debater os vários aspectos que envolvem a adoção do sistema de integração lavoura e pecuária?.
O evento é uma parceria da Embrapa, Organização da Cooperativas do Paraná, Sistema FAEP (Federação da Agricultura do Paraná), Instituto Agronômico do Paraná e EMATER e conta com o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia.
