O laboratório Pfizer anunciou o lançamento no Brasil da primeira insulina em pó inalável do mundo. Já disponível nos EUA e na Europa, ela deve chegar ao mercado brasileiro na primeira quinzena de maio. A Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o medicamento em junho de 2006
A insulina (hormônio responsável pela diminuição da glicose no sangue) deve ser inalada dez minutos antes das refeições. Com ação rápida, é recomendada para pacientes com diabete tipo 2 (a mais comum) e tipo 1 – neste caso, em conjunto com a insulina de longa duração. A doença causa o aumento do nível de glicose.
Após inalada, a insulina chega aos pulmões, onde é absorvida pela corrente sanguínea e passa a agir como as outras insulinas. A expectativa é que essa nova forma da droga estimule a adesão ao tratamento. Um dos principais problemas é a resistência ao uso do medicamento injetável. O tratamento mensal custará cerca de R$ 450 e não é aconselhado para fumantes e pacientes com doenças respiratórias.
A maior parte dos diabéticos brasileiros faz o controle de glicemia de forma inadequada. Cerca de 90% dos portadores do tipo 1 e 73% do tipo 2 têm taxas de hemoglobina glicada (concentração de glicose nas células vermelhas) superiores a 7%, que é o limite recomendado. Os dados são de pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que analisou 6,7 mil pacientes em dez cidades do País durante um ano.