Cerca de 100 manifestantes participaram, no início da tarde de ontem, de um protesto organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Auto-Escolas, Centros de Formação de Condutores e dos Trabalhadores em Despachantes de Veículos do Estado do Paraná (Sintradesp).

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Eles reivindicavam melhorias nas condições de trabalho na categoria. Em todo o Paraná, existem 5 mil instrutores atuantes em 752 Centros de Formação de Condutores (CFCs) credenciados pelo Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR).

Os manifestantes partiram da sede do sindicado rumo ao Detran, reivindicando a regulamentação da profissão e reajustes salariais. “O Sindicato Patronal ofereceu uma proposta abaixo do esperado pela categoria. Os CFCs tiveram um aumento de seus preços de 50% a 70%, dependendo da empresa, e nada disso foi repassado aos instrutores, apenas o reajuste inflacionário de 1%”, reclama a presidente do Sintradesp, Arminda Moia Martins.

O sindicato pede também a criação de pistas de avaliação para motociclistas que imitem condições reais de uma via comum. De acordo com Martins, toda a categoria é contra a Resolução n.º 285 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que determina que os exames para motociclistas sejam realizados em vias reais e não mais em locais fechados como acontece hoje.

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“É uma situação muito perigosa, pois o avaliador, que fica na garupa da motocicleta, não tem controle sobre o veículo. Já foram registrados acidentes envolvendo alunos e instrutores. Um simples incidente com motocicleta pode colocar em risco a vida do instrutor e do aluno. Nos automóveis é diferente, o risco não existe, pois o avaliador pode parar o veículo a qualquer momento através de um mecanismo no banco do carona”, compara.

O Detran informou que ainda não houve uma solicitação oficial vinda do sindicato para a realização de uma audiência com a categoria. Caso haja, o órgão está disposto a negociar mudanças nas áreas em que a intervenção seja possível.

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