Instituto de Criminalística conclui que telefones da Câmara são vulneráveis

Uma equipe do Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Federal (PF) fez hoje uma varredura no gabinete do relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) e concluiu que os telefones da Câmara são vulneráveis. Embora não tenha detalhado as falhas, o perito Getúlio Menezes Bento disse que o sistema telefônico usado pelos deputados permite a instalação de grampos nas linhas usadas pelos gabinetes e comissões. Por isso, a PF recomendará ao Departamento de Segurança da Câmara que faça modificações no sistema.

Foram vasculhados hoje cinco ramais telefônicos do gabinete de Serraglio, mas não foi detectada nenhuma escuta telefônica. O trabalho foi executado por determinação do presidente da Casa, Aldo Rebelo (PC do B-SP), após a divulgação de suspeitas de que telefones de alguns parlamentares haviam sido grampeados.

Bento afirmou que não é possível identificar se foi instalado algum grampo nas linhas e depois retirado. "O grampo pode ter sido instalado e depois, retirado. Mas isso não é possível verificar", disse. A PF usou dois equipamentos na varredura, o correlacionador espectral, usado para identificação de escuta ambiental, e o analisador de linhas telefônicas, este para verificar a instalação ou não de escutas nos ramais do gabinete de Serraglio. O perito informou que não será feita varredura no celular do relator da CPI porque o grampo em linha de aparelho móvel é de "difícil detecção".

Podem ser feitas ainda varreduras nas linhas de telefones dos gabinetes dos deputados Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA) e Ricardo Izar (PTB-SP), presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara.

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