O recesso parlamentar não dará ao senador Renan Calheiros (PMDB-AL) a tranqüilidade esperada para as férias do meio do ano. Ao encerrar os trabalhos do semestre, Renan sofreu o abalo da decisão unânime da mesa diretora da Casa quanto ao aprofundamento da perícia nos documentos apresentados para estabelecer nexos causais entre sua renda e o pagamento de pensão alimentícia da filha que tem com a jornalista Mônica Veloso.

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O presidente do Senado não teve escrúpulos em adotar expedientes não recomendáveis para dificultar o trabalho do Conselho de Ética da instituição, além de retardar o andamento da perícia desenvolvida pela Polícia Federal.

Diante da procrastinação e do caráter duvidoso da maioria dos elementos arrolados pelo solerte alagoano em sua defesa e, de resto, da justa indignação gerada pela desmoralização das ?provas?, o Conselho de Ética pediu à mesa que encaminhasse petição ao ministro da Justiça, Tarso Genro, encarecendo o rigor da Polícia Federal na perícia documental da cornucópia vacum de Renan.

Renan não terá sossego, de vez que exame preliminar da PF adiantara a inconsistência dos dados então fornecidos. O senador bem que poderia assumir um gesto pessoal de grandeza, afastando-se da presidência da Casa enquanto se processa a investigação. Caso contrário, a defesa será cada vez mais difícil.

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