O inquérito que apura a morte do major Pedro Plocharski (posteriormente promovido a tenente-coronel), sub-comandante do 13.º Batalhão da Polícia Militar, em Curitiba, deve ser concluído e entregue à Justiça nesta terça-feira (28). Segundo o delegado Luiz Alberto Cartaxo, titular da Delegacia de Homicídios, mesmo com a entrega do documento as investigações continuam. ?Vamos entregar o inquérito, mas novas prisões ainda podem acontecer? declarou.
Durante esta segunda-feira (27), a força-tarefa formada por delegados da Polícia Civil ouviu os policiais militares presos na Operação Tentáculos, realizada na semana passada. Os depoimentos foram colhidos na Delegacia de Homicídios, também pelos delegados Rubens Recalcatti, da Delegacia de Furtos e Roubos, Itiro Hashitani, da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, Alfredo Dib Júnior, da Delegacia Antitóxicos, e Marcus Michelotto, do Centro de Operações Policiais Especiais.
Os depoimentos são de Sandro Delgobo, Ari Camargo, Lúcio Matos Júnior, Altamir Ferreira, Altair Padilha, Jean Carlos Ferreira de Moraes, Moacir Possamai Girardi, Ademir Leite Cavalcante e Alberto Silva Santos. Até o fim da tarde desta segunda-feira, seis policiais já tinham prestado depoimentos. Ari Camargo, Sandro Delgobo e Alberto Silva Santos devem ser ouvidos durante a noite. Eles são acusados de roubo de veículos, tráfico de drogas e formação de grupos de extermínio.
De acordo com o delegado Cartaxo, os depoimentos trazem muitas contradições. ?Não recebemos informações novas. Todos os depoimentos são muito contraditórios, porém estamos conseguindo confirmar algumas suspeitas que já tínhamos?, declarou. ?Vamos terminar de ouvi-los, para depois fazer a conclusão de parte do nosso trabalho?, disse.
Tentáculos
A Operação Tentáculos foi desencadeada na última quinta-feira (16) em Curitiba e contou com a participação de mais de 400 policiais civis, militares e federais. Foram apreendidas 38 armas, 31 veículos, aproximadamente 1 quilo de droga, além de mais de R$ 1 milhão em jóias, celulares, cheques, e dinheiro. Dos 30 mandados de prisões expedidos, 28 foram cumpridos. Durante a operação 85 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em residências e escritórios.
?Esta foi a maior operação policial da história do Paraná. Foram meses de investigação profunda que terminaram com a prisão de policiais que são verdadeiros criminosos. Esta é a grande prova de que vamos limpar a polícia do Paraná e colocar atrás das grades pessoas que usam da farda, do poder da profissão, para cometer crimes bárbaros?, disse o secretário da Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari.