O Tribunal do Júri de Curitiba absolveu na noite de ontem (20) Airton Bardelli e Francisco Sérgio Cristofollini, acusados de participar do seqüestro e morte do menino Evandro Ramos Caetano, na época com 6 anos, em 7 de abril de 1992, em Guaratuba, PR. O crime teria sido cometido em um ritual de magia. Os dois estavam presos havia sete anos e meio, quatro dos quais em regime fechado. Eles ainda não decidiram se vão pedir indenização ao Estado.
Sete pessoas foram acusadas da morte do menino. Duas – o pai-de-santo Osvaldo Marcineiro e o pintor Vicente de Paula – foram condenadas anteriormente a 20 anos e dois meses de reclusão. O artesão Davi dos Santos também foi condenado, a 18 anos, mas cumpre a pena em liberdade. Celina e Beatriz Abagge, mulher e filha do ex-prefeito do município, Aldo Abagge, já morto, foram inocentadas, mas o júri foi anulado. Um novo julgamento deve ocorrer este ano. Elas são acusadas de encomendar a morte para conseguir mais poder e riqueza.
Nos cinco dias de julgamento de Bardelli e Cristofollini a defesa conseguiu provar aos jurados que eles não tiveram qualquer participação no seqüestro e morte do garoto. A confissão teria sido obtida mediante tortura. A mãe de Cristofollini, que estava na sala, desmaiou ao ouvir a sentença. Também acompanharam os trabalhos os pais de Evandro, além de Celina e Beatriz Abagge. A promotoria deve analisar a decisão para ver se recorre no prazo de cinco dias.
