Campeã mundial das barras paralelas assimétricas, a britânica Elizabeth Tweddle é neste sábado (16) a principal rival de Daniele Hypólito e Daiane dos Santos na final do aparelho. O programa das finais terá início às 16 horas.
Aos 21 anos, a ginasta nascida em Liverpool atravessa a melhor fase de sua carreira. Venceu o Mundial da Dinamarca, em Aarhus, em outubro. Em sua primeira Super Final de Copa do Mundo, competindo em seu país, na cidade de Birmingham, ela ficou com a medalha de prata. Agora, quer o título para fechar o ano com chave de ouro.
"Estou muito bem para a final das barras. Tive um ano excelente" diz a atleta que de 1998 para cá vem lutando contra contusões. "Fiz cinco cirurgias no pé esquerdo. E tenho três pinos. Às vezes meu pé dói. Mas já me acostumei com a dor. Faz parte da minha rotina de atleta.
Sua força física e altura destoam das demais ginastas da competição. A garota tem 1,59m e 52 quilos. Para efeito de comparação, Daiane mede 1,46m e 41,8 quilos, enquanto a chinesa Fei Cheng, grande estrela da competição, ostenta 1,51m e 41 quilos.
Tweddle garante que esses fatores não a atrapalham. Nem mesmo suas pernas mais compridas que as das concorrentes são empecilho nos exercícios de ligação da barra menor para maior. "Será uma prova muito difícil. A Daniele tem uma série muito forte também" avaliou a atleta.
Atleta de um país sem tradição na ginástica, Elizabeth torce por um grande público no ginásio do Ibirapuera. Além das assimétricas, competirá no solo, prova que terá também as brasileiras Daiane, Daniele e Laís Souza. "No ano passado, não vim para a etapa da Copa do Mundo, no Brasil. Mas soube que o ginásio ficou cheio. Competir com o público grande é sempre melhor e mais especial.
Só um fator incomoda "um pouco" a atleta: o forte calor da capital paulista. Quando deixou Liverpool, a temperatura era de sete graus. Por aqui, passa dos 30 graus. "O ginásio está muito quente. O cansaço aumenta com o calor", afirmou a atleta.
Para Daniele Hypólito, já era para a inglesa ter ganho uma medalha de ouro em Mundiais antes. "Chegou a hora dela. Elas faz ligações dificílimas que nenhuma ginasta faz."
Daniele diz estar tranqüila para a decisão: "O nervosismo só atrapalha." No solo, diz que será "complicada" uma final com três brasileiras. "A Daiane é a melhor no solo. Tem também a Fei Cheng, atual campeã mundial. Vou priorizar as barras. O resultado do solo será conseqüência.