O presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, e a diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu, informaram em entrevista à imprensa na manhã deste sábado no aeroporto de Brasília, que foram encontrados os destroços da aeronave Boeing 737-800 da Gol por volta das 9 horas, nas proximidades da fazenda Jarinã, a 200 km a sudeste do município de Peixoto de Azevedo, norte de Mato Grosso, divisa com o Pará.
Segundo o brigadeiro, a região é de mata densa e de difícil acesso. Dois helicópteros da Força Aérea Brasileira (FAB) estão sobrevoando o local e, segundo a Infraero, fariam o acesso à terra por meio de rapel (desceriam por cordas).
Em princípio, segundo o brigadeiro, as primeiras informações apontam que houve uma queda vertical da aeronave e, nesse tipo de acidente, é difícil encontrar sobreviventes. Mas ele ressaltou que são poucas as informações até agora para se dar certeza absoluta de qualquer coisa. Ele disse que não há sinais de fogo e explosão do avião.
Os aviões da Gol e o Legacy da Embraer, que teriam supostamente se chocado no ar, estariam numa distância inferior a 300 metros, que é o considerado o padrão mundial de separação entre aviões no ar. "Mas eu não tenho o plano de vôo para afirmar quem estaria errado e isso vai depender de uma investigação completa que será conduzida pela Anac e pela FAB", disse Pereira. A diretora da Anac afirmou que isso pode levar até 3 meses.
O presidente da Infraero disse que a investigação vai ter de responder a duas perguntas: por que dois aviões estavam no mesmo nível de vôo e se os dois aviões eram modernos e bem atualizados com instrumentos anticolisão, por que esses equipamentos não impediram o acidente.
O avião da Gol que fazia o vôo 1907 partiu ontem, às 15h35 (horário de Brasília), do aeroporto de Manaus e tinha chegada prevista ao aeroporto de Brasília às 18h12. Segundo a Infraero, o momento em que o avião desapareceu do radar foi às 16h48. Estavam a bordo 155 pessoas, sendo que 149 delas eram passageiros e 6 tripulantes.