Informe inquietante

O governo do presidente Néstor Kirchner acaba de liberar um informe que precisa figurar na agenda de prioridades imediatas das autoridades financeiras do governo brasileiro. O Brasil já é o terceiro investidor na Argentina, perdendo apenas para os Estados Unidos e Espanha.

Entre 2001 e 2006, investidores brasileiros alocaram na economia do país vizinho US$ 5,9 bilhões para a incorporação de companhias de diferentes setores, incluindo petróleo, carne, cerveja, cimento e têxteis, entre outros.

Nos últimos dias, o governo brasileiro afinal tornou públicas as primeiras reações motivadas pela desaceleração anunciada em parte do setor industrial, abrindo linhas especiais de financiamento com recursos do Tesouro Nacional e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Dentre os fundamentos do esquema de socorro às empresas oneradas pela política cambial e a carga tributária elevada, teve peso ponderável a constatação da migração de muitas delas para o exterior.

Essas empresas não foram motivadas, em absoluto, pela expansão dos negócios, mas pelo ?instinto animal?, como definem alguns economistas, de fugir dos graves impedimentos ditados por uma política econômica que retarda ou torna uma insanidade a definição de novos investimentos produtivos.

Setores importantes para a economia regional, como a indústria de calçados, confecções e móveis, por exemplo, já demitiram milhares de empregados. Essa é uma seqüela imediata, cuja recuperação exigirá ingente sacrifício.

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