Brasília (AE) – O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse ontem que a inflação vai fechar em 3,1% este ano. Ele informou também que o déficit da Previdência, estimado inicialmente em R$ 45 bilhões, será de R$ 42 bilhões. Em palestra para os oficiais generais, ele disse que o pacote que o presidente anunciará no dia 21 prevê a redução da carga tributária. ?Porque isso é quase um clamor nacional?, afirmou. Segundo Bernardo, os investimentos totais pagos pelo governo serão de R$ 14 bilhões. Em 2003, esses investimentos ficaram em R$ 4,5 bilhões.
O ministro destacou ainda a redução da dívida pública interna do governo Lula. Em 1995, segundo ele, a dívida era de 30,6% do PIB. Em outubro de 2002 a dívida correspondeu a 57,6% do PIB, o patamar mais elevado. Em outubro desde ano, a relação baixou para 49,5% do PIB.
Paulo Bernardo listou cinco pontos que chamou de agenda futura do governo: a sustentabilidade do crescimento econômico; fortalecimento do mercado interno; inflação baixa e estável; redução da taxa de juros; e redução do endividamento público.
Ao defender as políticas econômica e social do governo, o ministro destacou que a renda per capita do País nunca foi tão elevada, à exceção do período do Plano Cruzado no governo Sarney. Ele ressaltou que 60% das despesas orçamentárias são destinadas à área social.