Inflação semanal sobe para 0,57%

Rio – A disparada nos preços de batata-inglesa (49,68%) e tomate (36,38%) levou à aceleração da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) de até 30 de novembro, que subiu 0,57%, ante 0,55% na semana anterior. Mas esses aumentos não são preocupantes, na avaliação do economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz. "As elevações nesses produtos são sazonais e influenciadas pelo clima", disse o economista, lembrando que o comportamento dos preços desses produtos é volátil. "Não faz muito tempo esses produtos mostravam queda de preços", observou.

Os próximos resultados do indicador dependerão da continuidade ou não da aceleração nos preços dos alimentos, principalmente batata e tomate – que responderam por quase a metade da taxa do IPC-S anunciado hoje (1) pela FGV. Braz comentou que, de uma maneira geral, os preços dos alimentos in natura é que foram responsáveis pela aceleração no indicador. Isso puxou para cima os preços do grupo Alimentação (de 1,21% para 1,42%).

A perda de fôlego nos aumentos de preços em outros produtos compensou, em parte, a inflação alta no setor de alimentos no varejo. É o caso das elevações menos intensas nos preços de combustíveis e lubrificantes (de 0,90% para 0,28%), influenciadas por recuos de preços em álcool combustível (de 3 87% para 2,46%) e gasolina (de 0,56% para -0,02%). "Não fosse por essa perda de fôlego nas altas de preços dos combustíveis, a taxa do IPC-S teria acelerado mais", disse.

Arroz e feijão

O prato de arroz e feijão chegou mais barato na mesa do brasileiro este ano. Segundo Braz, os preços do segmento arroz e feijão estão com queda acumulada de 10,63% de janeiro a novembro deste ano; em 12 meses até novembro, a deflação nos preços desses itens é de 11,43%. "É um dos segmentos que estão com a queda mais intensa de preços no ano", acrescentou. O economista considerou que os preços do arroz puxaram para baixo o resultado do segmento.

"É uma notícia importante, porque esses são produtos muito importantes na cesta de consumo das famílias", disse, afirmando ainda que não se lembra de uma queda tão forte nesse grupo, no ano passado. "Foi algo característico do ano de 2005 mesmo", disse.

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