Rio de Janeiro – As despesas para famílias compostas em sua maioria por pessoas acima de  60 anos foram menores em 2006 em comparação com o ano anterior.  A inflação para esse grupo de consumidores foi de 2,26 % frente aos 5,05% registrados em 2005, segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira (4) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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O resultado foi fechado com a apuração da quarta edição do Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC?3I), pelo Instituto Brasileiro de Economia da FVG, referente ao último trimestre de 2006. O índice registrou uma variação de 0,86%, apresentando alta de 0,36 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, cuja taxa de variação ficou em 0,50%.

O coordenador da pesquisa, André Furtado Braz, explicou que a inflação do ano foi  mais baixa em relação a 2005 porque sofreu menores influências de alta de preços de tarifas públicas, como energia elétrica e telefone fixo.

?No ano de 2006, essas tarifas acumularam queda de mais de 1,5%. Isso foi muito favorável à desaceleração do IPC-3I, assim como à inflação do índice que não faz distinção de classe social, que é o IPC Brasil?.

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Segundo André Furtado, a queda da inflação em 2006 também foi acentuada pelo comportamento do grupo Alimentação, que  apresentou no ano queda de 0,32% em sua taxa de variação. ?Isso foi ótimo, mostrando que o ano foi estável para os alimentos, havendo eventuais sobressaltos por questões de safra de entressafra, mas nada que no final tenha sido pesado para o consumidor?, afirmou.

De acordo com o economista, a alta de 0,36% registrada no último trimestre do ano foi marcada pela alta  de preços no grupo Alimentação, puxado pela carne bovina, e pelo aumento generalizado de tarifas de Transporte Público Urbano em dezembro. Esse grupo teve aumento médio de 5%, que atingiu ônibus, táxi, metrô e trem.

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