Inflação medida pelo IPC-S fecha em 0,48% em outubro

Rio (AE) – A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) fechou o período encerrado em 22 de outubro em 0,48%, ante 0,47% na semana encerrada em 15 de outubro. Segundo informou hoje (24) a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o indicador poderia ter registrado taxa menor, mas foi impedido pelo comportamento dos preços dos alimentos, cuja deflação caiu para menos da metade (de -0,33% para -0,11%).

Para o economista da FGV, André Braz, se os preços dos alimentos registrassem queda mais intensa, existiria uma boa chance de o IPC-S apresentar taxa reduzida ante a semana anterior. Isso porque o indicador está sofrendo influência menor dos recentes aumentos de tarifas e preços administrados – como taxa de água e gasolina -, que, com o passar do tempo, vão sendo "assimilados" pelo índice.

Porém, o cenário atual da inflação no varejo mostra que a deflação nos preços dos alimentos está com os dias contados. Segundo o economista da FGV, vários alimentos de peso na formação do IPC-S estão com os preços em aceleração. É o caso de carnes bovinas (de 2,08% para 4,08%) e massas e farinhas (de 0 41% para 0,58%). No caso das carnes, Braz comentou que há dois fatores que estão contribuindo para o aumento: os sinais de febre aftosa e o período de entressafra. "Acho que os preços dos alimentos podem voltar a registrar taxas positivas em breve", disse.

Entretanto, Braz não descartou a possibilidade de o próximo IPC-S, de até 31 de outubro, apresentar taxa menor do que a anunciada hoje. Ele explicou que a influência de aumentos em tarifas e preços administrados na inflação do varejo vai diminuir mais ainda, com o passar do tempo. Isso vai contribuir a reduzir os preços em segmentos que sofrem impacto desse tipo de preço, como Habitação e Transportes.

Esses dois já apresentam recuo de preços, na passagem do IPC-S de até 15 de outubro para o indicador de até 22 de outubro: de 0,54% para 0,44%; e de 2,61% para 2,22%, respectivamente. "Creio que, mesmo com os preços dos alimentos voltando a subir, isso não será suficiente para compensar a desaceleração nos preços de Habitação e Transportes. Esses dois grupos vão ajudar o IPC-S a ficar com uma taxa menor", disse o economista.

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