Rio de Janeiro – A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) ficou em 0,14% em abril, contra os 0,22% de março. Segundo os resultados divulgados nesta terça-feira (8) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), dois dos três índices que formam IGP-DI tiveram redução de março para abril. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) passou de 0,48% para 0,31% e o Índice de Preços por Atacado (IPA) caiu de 0,11% para 0,02%. Houve avanço, no entanto, de 0,27% para 0,46% no Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).
As matérias-primas brutas influenciaram a desaceleração no aumento dos preços no atacado, apresentando deflação média de 2,78%. A redução mais significativa ocorreu no preço do tomate, que saiu de uma alta de 25,78% no mês passado para deflação de 38,21% em abril. Também caíram os preços da soja, laranja, milho, cana-de-açúcar e café, embora nos três últimos itens a redução tenha sido menos intensa do que a verificada em março.
Já os preços de itens do grupo de Bens Intermediários e de Bens Finais que também integram o índice de preços no atacado avançaram. No caso dos bens intermediários, o destaque ficou por conta dos materiais e componentes para a manufatura, que vinham de uma deflação de 0,17% e agora tiveram aumento de 0,50%. Nos Bens Finais, a principal contribuição para a aceleração partiu do subgrupo combustíveis, cuja taxa passou de 0,79%, em março, para 2,76% em abril.
Em relação aos preços ao consumidor, das sete classes de despesas consideradas pela pesquisa, somente a de alimentação apresentou redução na taxa de inflação, que passou de 1,57% para 0,01%. Os itens com maior recuo nos preços foram hortaliças e legumes (8,94% para -2,41%), frutas (3,73% para 1,22%), aves e ovos (3,20% para -0,63%) e carnes bovinas (-0,02% para -1,06%).
No caso dos preços da construção civil, houve acréscimo nas taxas de inflação de todos os três grupos componentes do índice: materiais, serviços e mão-de-obra.
O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna foi elaborado com base nos preços coletados dos dias 1º a 30 de abril. O levantamento faz parte de uma cesta de índices que servem como referência para o reajuste dos contratos de telefonia.