O avanço do dólar continuou a mostrar seus efeitos sobre a inflação e o IGP-10 atingiu o maior nível em mais de oito anos, segundo dados divulgados nesta sexta-feira. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços do Mercado-10 subiu 4,73% em novembro, contra uma alta de 3,32% em outubro. É a taxa mais alta desde agosto de 1994, quando a inflação medida pelo mesmo indicador ficou em 12,56%, ainda como “herança” do período anterior ao Plano Real.

O IGP-10 tem metologia idêntica ao do IGP-M, com diferença apenas no período de coleta dos dados. Na véspera, a FGV informou que a segunda prévia do IGP-M em novembro disparou para 3,86% –a maior segunda prévia já registrada também desde agosto de 1994, o que deixou receosos os mercados financeiros nesta sessão.

Os dois indicadores são compostos pelo Índice de Preços por Atacado (IPA), com peso de 60%, pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30%, e pelo Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), com 10% de participação.

O IPA, que mais reflete a pressão sobre o câmbio, cresceu para 6,40%, contra 4,88% do mês anterior.

O IPC ficou em 1,86%, frente a 0,77% de outubro, e o INCC subiu para 1,36%, contra 0,72%.

No ano, o IGP-10 acumula alta de 18,89% e em 12 meses, de 19,39%. Em 2002, o avanço do dólar sobre o real é de quase 54%.

O IGP-10 compreende o período entre o dia 11 do mês anterior ao de referência e o dia 10 do mês de referência. É composto pela média ponderada do Índice de Preços por Atacado (IPA), 60%, do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), 30%, e do Índice Nacional de Preços da Construção Civil (INCC), 10%. (Terra)

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